Quase no Fim
Havia, um
casal como tantos outros. Pedro e Nazaré. Namoraram e depois de muitas afinidades,
resolveram casar-se e construir uma família. Os pais, do noivo e da noiva foram
agregados . A família foi aumentada. A medida que o tempo passava, cresciam as necessidades. O foco do casal, passou a ser
adquirir e construir seu futuro, e, o de seus filhos.
E, a medida
que multiplicava-se as posses, a vida
tornava-se melhor. O amor ia crescendo ,e, as amizades também. Enxergavam, um futuro melhor. Tudo brilhava e o amor
reluzia.
Nazaré, desempenhava
muitos papeis, como a lida da casa, o trabalho fora, cuidado com os filhos e
orientação dos mesmos, um fardo bem pesado. Não, lhe sobrara mais tempo , para cuidar-se e muito menos, de ficar atraente , cuidar do seu
amor e do seu parceiro.
Nazaré, teve ,
que fazer algumas escolhas. Escolheu o trabalho, os filhos, enquanto, a mulher, ficou espremida, relegada a último plano. Era , fundamental cuidar do essencial. E, isso , ela o fez muito
bem. Não faltava nada em casa. Comida, roupa lavada, tudo, no tempo e hora certa. Mas, de vez em quando,
ela olhava no espelho e percebia –se, meio,
fora de ângulo. Puxa, pensava ela, eu
ganhei bastante peso. Ganhei , também , rugas
e olheiras profundas. É, tenho exagerado na comida. Nunca mais fiz mamografia, e , nem hemograma. E, a menopausa,
que vem a galope?Estou , mesmo,bem diferente. Mudei bastante. Mas também,
tenho trabalhado como uma mula!
No entanto, ela tinha um grande conforto. Seus
filhos, estavam encaminhados na vida. Um deles, até namorada firme, já tinha.
E, seu marido,o Pedro, por onde andara ? Ele, não tem mais me
procurado...Anda meio esquisito, estranho...
Será, que tem, arranjado alguma coisa por aí?
Não, acho que
não! Na última vez, ele também, não
estava o bicho! Há, mas faz tempo
heim? perguntou-se. Nem lembrava o mês!
E , já o
marido, estava por aí. No futebol, nos botecos bebendo umas pingas e jogando um baralhinho. E, de vez em quando, acompanhava os amigos na pescaria.
Precisava , distrair-se um pouco,coitado, também, trabalhava tanto!
E, Pedro,
determinado dia, numa pescaria dessas, com alguns amigos , foi até um bar .E,
lá, comentam , sobre um bailinho
local, um lugar famoso, por reunir
pessoas de todos os lugares e todas as idades.Um lugar, bem próximo ao mar.
Decidiram conferir.
No baile, havia muitas moças e poucos homens. Não deu
outra. Pedro, deu aquela mãozinha. Convidou
uma prenda para dançar. E, tudo
aconteceu, muito de repente. Tinha gingado a moça, sorriso farto, bom perfume .
Há! A moça, não era tão nova, mas era
faceira e parece que gostava de viver.
Era, Lívia, o tipo
de mulher ,que, sempre esteve em sua mente. Foi, uma grande noite, para ele e para ela também, teve certeza.
Naquela noite, ele , entendeu definitivamente o que era o amor. Foi ,uma noite apenas, porque já era dia, e , Pedro precisava voltar para casa. Seus cabelos já estavam brancos, mas ele, já poderia morrer em paz , pois, tinha conhecido o amor.
Naquela noite, ele , entendeu definitivamente o que era o amor. Foi ,uma noite apenas, porque já era dia, e , Pedro precisava voltar para casa. Seus cabelos já estavam brancos, mas ele, já poderia morrer em paz , pois, tinha conhecido o amor.
Maria Eugênio
Maciel
17-06-2015
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