segunda-feira, 6 de outubro de 2014



Reinventando-me,


A vida, dava-se, em conta gotas,
a torneira, abriu-se,
poderia, molhar-me inteira,
mergulhei,


E, no  mergulho,  de um mar infinito,
encontrei você,
impugnação, incongruência,desafinamento,
acessei, cores, tons, sombras,  temores,
atravessei  oceanos,
ampliei  limites, derrubei  fronteiras,
penetrei , num mundo incógnito,meteórico,


A vida , por milésimos de segundos,
susto, surpresa,perplexidade,
trespassa mento, transitoriedade,
desconheceria  inexoravelmente,o caminho de volta,


O mar,  prescinde  lei natural,
sob causas e efeitos,
tudo move-se, em perfeito equilíbrio,
mistérios, questionamentos,  complexidades ,irrompem-se...
enquanto  reina , soberanamente,
no fundo do mar,
uma paisagem divina,  impactante,
um espetáculo   pungente,
e, nesse mundo impreterível, oponente e voraz,
 viver,  é o que importa,


Perdi ,a noção do tempo,
inexistiria , presente, passado,futuro,
e viver seria,
apreciar, conceber,pulsar...

Mas , isso,  não é poesia?


Um poeta , sente ,  vê,
toma, a palavra para si,
põe significado e  apropria-se dela,


Escrever é reinventar-se,
palavra,  é semente que  brota , germina,
produz vida, que ressurge, renasce e vivifica...


Autor: Maria Eugênio Maciel

25-09-2014







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