Reinventando-me,
A
vida, dava-se, em conta gotas,
a
torneira, abriu-se,
poderia,
molhar-me inteira,
mergulhei,
E,
no mergulho, de um mar infinito,
encontrei
você,
impugnação,
incongruência,desafinamento,
acessei,
cores, tons, sombras, temores,
atravessei
oceanos,
ampliei limites, derrubei fronteiras,
penetrei
, num mundo incógnito,meteórico,
A
vida , por milésimos de segundos,
susto,
surpresa,perplexidade,
trespassa
mento, transitoriedade,
desconheceria inexoravelmente,o caminho de volta,
O
mar, prescinde lei natural,
sob
causas e efeitos,
tudo
move-se, em perfeito equilíbrio,
mistérios,
questionamentos, complexidades ,irrompem-se...
enquanto reina , soberanamente,
no
fundo do mar,
uma
paisagem divina, impactante,
um
espetáculo pungente,
e,
nesse mundo impreterível, oponente e voraz,
viver, é o que importa,
Perdi
,a noção do tempo,
inexistiria
, presente, passado,futuro,
e
viver seria,
apreciar,
conceber,pulsar...
Mas
, isso, não é poesia?
Um
poeta , sente , vê,
toma,
a palavra para si,
põe
significado e apropria-se dela,
Escrever
é reinventar-se,
palavra,
é semente que brota , germina,
produz
vida, que ressurge, renasce e vivifica...
Autor: Maria Eugênio Maciel
25-09-2014
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