Havia, uma nascente
de água , límpida, cálida, forte,
em direção ao oceano,
que, cumpria, caprichosamente, seu papel,
Entretanto, a natureza tem ritmo , condução própria,
e, faz-se, todos os dias, todas as horas...
Pedras no caminho , arbustos, matas ciliais,
redemoinhos, turbilhões,
alterariam a rota,
criar-se-ia novos afluentes , deltas, estuários, cachoeiras?
obstáculos, que, afetariam fatalmente, o encontro das águas
O Rio é um lugar de interrupções, intervenções, alagamentos,
de imersões e submersões,
de forças arrasadoras, destruidoras e irrevogavelmente inovadoras,
é lugar de alegria e de dor,
de vida e de morte,
É lugar de vida,
porque lá a vida cria-se , vive e permanece,
sob a dureza , leveza e nobreza ,da força que jorra e brota,
sem pedir licença,
é lugar de vida , porque lá, a vida lateja,
e a natureza de forma plena, estabelece-se,
É, lugar de morte,
porque, permite limites, demarcações, fronteiras, barreiras,
que, impedem vida,
mortes, muitas vezes necessárias, porque, produzem o humus, o supra sumo, gerador de novas vidas,
Então, a vida precisa de morte?
Pois, eis, que a vida e a morte, andam de mãos dadas...
E, a vida, precisa de morte , para continuar viva,
Autor: Maria Eugênio Maciel
29/08/2014

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