sábado, 4 de outubro de 2014

Jardineiro de mim



Mexia a terra,  com cuidado,
usava a pá, enxada, ancinho,
mas,  preferia  as mãos,
tocá-la ia, ponto por  ponto,
conheceria  melhor sua textura , necessidades, faltas , suas dores,
removeria  os excessos,
alteraria a rota,  caminhos, percursos?

Iniciara  um diálogo,
eram ,  tantas as  perguntas,
e, talvez  na  terra , encontrasse alguma resposta,

Pensava,  o que estive plantando...

No começo,
Havia terra, mudas, fertilidade...
tempo,
mas , andei  tateando,  aqui, acolá,
certamente, colhi o que plantei,


O plantio, mesmo,  com os intempéries ,rendeu-me  experiências,
bons frutos, apesar, de  longos períodos de escassez, abstinências,

A cada  florescer,  anunciava-se,  a    chegada de tempo bom,
Já,  os frutos  avistados,  superariam  os recessos, as expectativas, as frustrações...


E, quanto aos espinhos,
Redobrei ,  minha atenção,
tratei-os,    com cuidado,  amor,
porque,  fizeram  parte do plantio e da colheita,


Hoje, menos terra, menos mudas, menos fertilidade,
menos tempo,
Plantar agora,  é um bem maior, precioso,
Plantar,  é mais importante do que colher...


É, plantar, pelo poder da raiz,
escolherei  plantas , que,  permaneçam   comigo,  todas as estações,
todos os invernos, todos os verões...


Autor: Maria Eugênio Maciel


17-09-2014



2 comentários:

  1. Aqui se manifesta a artista. Gestada pela vida: muitos amores, muitas dores, muitas risadas... Mana, é um prazer compartilhar este seu momento. Muitos Beijos
    Nilza
    05/10/2014

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  2. Legal amiga, obrigada por participar desse grande momento, com certeza, tens parte nele. Beijão, obrigada pela companhia nesses anos todos.

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