Duas taças
Era natal, sonho,
calor, cor,
esperanças de
se viver, num só tempo , presente, passado, futuro,
sem mata-borrão,
sem precisar passar a limpo,
eram, novos
tempos, tempos de se viver,
estaria tudo
perfeito,
não fosse, um minuto a mais, no ponteiro,
Estaria o relógio , esticando o ano velho, sabiamente, prevendo
mudança no destino?
As taças,
não encontrar-se-iam, fatalmente,
estava
determinado,
faltaria brinde , despedida do ano velho,
boas vindas ,
do ano que chegaria!
Era, um prenúncio
, um anúncio,
uma linha, um divisor,
do tempo,
que habilmente, mexia no ponteiro,
incitando, novas dimensões, direções,
trajetórias, percursos,
e que, mesmo
, sem tempo, para ajuste das velas,
promoveria a largada,
e, sem
destino, sem lugar para onde ir,
sobrariam
perguntas, faltariam respostas,
Ah, o tempo,
com sua engenharia, inova, desprograma,
arranha o verniz,
descolore,
deixa, tudo em preto e branco,
mas, a
natureza generosamente, tudo
providencia,
vento, que sopra o cabelo,
chuva, que molha o rosto,
restaura e tonifica,
para depois
colorir,
Autor: Maria Eugênio Maciel
30/08/2014
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